Que é que eles têm que nós não temos?
Estava
conversando com uns colegas de facebook ainda há pouco sobre o Festival de
Inverno de Pedro II, aqui pertinho, e que pelos comentários repetiu o sucesso
de anos anteriores, pois já é a décima terceira vez em que é realizado. Sempre
em junho. E olhe que teve muita gente que acreditou que esse evento não teria
futuro. Muita gente que jurou de pés juntos que era só esperar o fim de mandato
do prefeito da época pra que tudo acabasse. Feito como costuma acontecer na
Parnaíba.

Mas o
Festival de Inverno de Pedro II, cidade conhecida por seu clima ameno e que os
piauienses com certo exagero chamam de Suíça Piauiense, está mais firme do que
nunca e a cada dia impressiona pela grandiosidade. Teve dessa vez a Ana
Carolina, o Frejat e o Jorge Ben Jor. Tinha muita gente da Parnaíba. Chegaram
em ônibus, carros de eio, excursões. Políticos oportunistas também deram o
ar da graça. Estavam lá fazendo tipo, prometendo isso e mais aquilo. Até o governador
Wellington Dias e uma procissão de auxiliares.
Mas o
motivo deste artigo especial é cobrar de quem de direito de Parnaíba sobre qual
motivo nós desta cidade tão grande e tão importante do Piauí, cercada de
atrativos naturais não realizar um evento de igual tamanho. E olhe que Pedro II
é bem menor do que Parnaíba umas dez vezes. E a gente fica sem condições de
responder a essa indagação. O que é que Pedro II tem que nós da Parnaíba não
temos? Qual o nó que dificulta nós da Parnaíba termos um festival de verão, ou
seja, lá do quê maior e melhor do que este de Pedro II?

Nós na
Parnaíba estamos fazendo somente o feijão com arroz e muito mal: Carnaval, São
João, que agora ou pra julho, Dia da Parnaíba, Dia do Piauí... Quando dá a
gente faz uma besteirinha aqui e outra ali no Espaço Mandu Ladino ou na praia
da Pedra do Sal. Nada de mais. Eu sugeri aos amigos de facebook ainda há pouco
quais as atrações, que cantores eles gostariam de, que na eventualidade de um
festival desses por aqui, que se apresentassem. Me impressionei com a repercussão
do desafio.
Sem parecer
uma crítica, mas uma sugestão ao pessoal da Superintendência de Cultura, por
que a gente não pode fazer um festival de verão, da manjuba, do caju, da
tilápia, do murici... Está na hora de, como disse o papa João XXIII, “sacudir a
poeira que se acumulou sobre o trono de Pedro durante séculos” nessa cidade
turística. Eu sugiro entre as atrações, pra esta primeira vez, se já não este
ano ou no outro, os de casa: Bernardo Carranca, Gregório Neto, Aline Bacelar. E
os de fora: Nando Reis, Alcione e Zeca Baleiro, nossos vizinhos aqui de perto
do Maranhão, Fagner e Belchior, aqui do Ceará, Geraldo Azevedo...
Por: Antonio de Pádua para o Portal
Boca do Povo